terça-feira, 22 de dezembro de 2009

VIENA

Viena

Com dezenove anos de idade Adolf era órfão e em breve partiu para  onde tinha uma vaga esperança de se tornar um artista. Tinha, então, direito a um subsídio para órfãos, que acabaria por perder aos 21 anos, em .
Em  fez exames de admissão à academia das artes de Viena, sendo reprovado duas vezes seguidas. Nos anos seguintes permaneceu em Viena sem um emprego fixo, vivendo inicialmente do apoio financeiro de sua tia Johanna Pölzl, de quem recebeu herança. Chegou mesmo a pernoitar num asilo para mendigos na zona de Meidling no outono de  Os outros mendigos deram-lhe a alcunha de "Ohm Krüger" (segundo o historiador ). Teve depois a idéia de copiar postais e pintar paisagens de Viena - uma ocupação com a qual conseguiu financiar o aluguel de um apartamento, na rua Meldemann. Pintava cenas copiadas de postais e vendia-as a mercadores, simplesmente para ganhar dinheiro, não considerando as suas pinturas uma forma de arte. Ao contrário do mito popular, fez uma boa vida como pintor, ganhando mais dinheiro do que se tivesse um emprego regular como empregado bancário ou professor do liceu, e tendo de trabalhar menos horas. Durante o seu tempo livre frequentava a ópera de Viena, especialmente para assistir a óperas relacionadas com a mitologia nórdica, de , e cujas produções viria, mais tarde, a financiar, como meio de exaltação do nacionalismo germânico. Muito de seu tempo era dedicado à leitura.
Foi em Viena que Hitler começou a perfilar-se como um ativo anti-semita, particularidade que governaria a sua vida e que foi a chave das suas ações subsequentes. estava profundamente enraizado na cultura católica do sul da Alemanha e na Áustria, onde Hitler cresceu. Viena tinha uma larga comunidade judaica, incluindo muitos Judeus Ortodoxos da Europa de Leste. Hitler tomou aí contato com os judeus ortodoxos, que, ao contrário dos judeus de Linz, distinguiam-se pelas suas vestes. Intrigado, procurou informar-se sobre os judeus através da leitura, tendo comprado em Viena os primeiros panfletos abertamente anti-semitas que leu na vida, como relata em .
Em Viena, o anti-semitismo tinha-se desenvolvido das suas origens religiosas numa doutrina política, promovida por pessoas como , cujos panfletos foram lidos por Hitler; políticos como , o presidente da câmara de Viena, e , fundador do partido Pan-Germânico. Deles, Hitler adquiriu a crença na superioridade da "Raça Ariana" que formava a base das suas visões políticas e na inimizade natural dos judeus em relação aos "arianos", responsabilizando-os pelos problemas económicos alemães.
Como Hitler relata e, foi também em Viena que tomou contato com a doutrina nazista tendo "aprendido a lidar com a dialética deles", na discussão com marxistas, "incorporando-a para os meus fins".

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