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Campo de extermínio (em língua alemã Vernichtungslager) era o termo aplicado a um grupo de campos construídos pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial com o objetivo expresso de matar os "inimigos" do regime nazista (judeus, ciganos de etnia roma, prisioneiros de guerra soviéticos, bem como polacos e outros). Tudo isto é parte do Holocausto e da chamada Solução final da questão judia, o plano para (nas palavras dos Nazi) limpar as terras alemãs do povo judeu. Estes campos são também conhecidos como os "campos da morte".[editar] Diferença face aos campos de concentração
Existe uma sensível distinção entre campos de extermínio e campos de concentração, tais como os de Dachau e Belsen, cuja maior parte se situava na Alemanha. Os campos de concentração constituíam um sistema de encarceramento e aglomeração dos vários "inimigos do Estado" (tais como comunistas e homossexuais) e dispunham de bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs. Muitas vezes, os judeus inicialmente detidos nestes campos de concentração eram posteriormente enviados para os campos de extermínio. Nos primeiros anos do regime Nazi (estabelecido em 1933) alguns judeus foram enviados para estes campos. Após 1942, no entanto, houve o início das deportações em massa para os campos de concentração, sendo que muitos destes enviados eram, ou imediatamente ou em seguida, enviados para os campos de extermínio.[editar] Campos de trabalho escravo
Também há que distinguir os campos de extermínio dos campos de trabalho escravo, que foram construídos em todos os países ocupados pelos alemães para explorar o trabalho dos prisioneiros de vários tipos, incluindo prisioneiros de guerra. Muitos judeus trabalharam até à exaustão e morte nesses campos, mas depois de 1942, toda a força laboral judaica, mesmo que útil ao esforço de guerra alemão, foi enviada para o extermínio. Em todos os campos Nazis havia altas taxas de mortalidade como resultado da fome, doença e exaustão, mas apenas os campos de extermínio eram construídos especificamente para a matança organizada.[editar] Métodos
O método de execução mais comum nestes campos era pelo gás Zyklon B, que era utilizado nas famosas câmaras de gás, apesar de muitos prisioneiros terem sido executados por fuzilamento e outros meios. Os corpos dos mortos eram destruídos em crematórios (excepto em Sobibór onde eles eram cremados em fogueiras ao ar livre), e as cinzas eram enterradas ou dispersas.[editar] Lista dos campos
A maioria das fontes históricas reconhecem seis campos de extermínio, todos eles situados na Polónia ocupada. Eles eram:- Auschwitz-Birkenau ou Auschwitz II - Nota: Auschwitz I era um campo de concentração e Auschwitz III, um campo de trabalho);
- Bełżec;
- Campo de concentração de Chełmno (Alemão: Kulmhof an der Nehr, Polish: Chełmno nad Nerem);
- Majdanek;
- Sobibór;
- Treblinka.
Um sétimo campo, muito menos conhecido que estes seis situava-se em Maly Trostenets, na actual Bielorússia. O regime fantoche croata dos Ustaše também montou um campo de extermínio em Jasenovac.
Treblinka, Bełżec e Sobibór foram construídos durante a Operação Reinhard, o nome de código para a matança sistemática dos judeus na Europa, conhecido amplamente como sob o eufemismo, de "solução final da questão judia" (Endlösung der Judenfrage). A operação foi decidida na conferência de Wannsee de Janeiro de 1942 e conduzida sob o controle administrativo de Adolf Eichmann.
Estes campos, juntamente com Chełmno que havia sido construído mais cedo, eram puros campos de extermínio, construídos com o objectivo único de matar em grande escala.
[editar] Número de vítimas
O número de pessoas mortas nos sete maiores campos foi estimado em:- Auschwitz-Birkenau: cerca de 1.100.000[1]
- Treblinka: pelo menos 700.000[2]
- Bełżec: cerca de 434.500[3]
- Sobibór: cerca de 167.000[4]
- Chełmno: cerca de 152.000[5]
- Majdanek: 78,000[6]
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